segunda-feira, 10 de maio de 2010

Cérebro, pra que te quero?

Fico impressionada com a imbecilidade em gente jovem, como existem pessoas de 20, 21 anos com uma cabeça tão oca e tão dura, como se tivessem 90 anos e uma baita vida dura, que não tiveram tempo de se flexibilizar o suficiente pra tornar-se seres humanos pensantes. Gente que tem tudo, inclusive oportunidade de não ser tão idiota, e o pior: é. Escolhe ser a cada momento, a cada oportunidade de não ser, escolhe chafurdar ainda mais na lama da mediocridade, e gosta. E acha que quem não o faz é que é anormal. Antes, pessoas assim me afetavam muito, hoje olho, fico perplexa e começo a enxergar através delas, como se depois de algum ato ao se declararem idiotas eu parasse de sentir a existência delas: nem rancor, nem raiva, nem incômodo. Não sinto nada. Sou insensível à idiotice quando ela se concretiza na minha frente. A imbecilidade não me trava, não me freia como antes, nem me faz desistir.
Ainda bem. 


"A mais tola das virtudes é a idade. Que significa ter quinze, dezessete, dezoito ou vinte anos? Há pulhas, há imbecis, há santos, há gênios de todas as idades."

Nelson Rodrigues

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