quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Amar é insano!

Depois de comer uma quantidade de bolo de cenoura com chocolate que valeu por todos abdominais e exercícios que eu fiz durante a semana, parei pra assistir "Aline". Uma série que eu tinha achado fofíssima e que me surpreendeu bastante. Hoje, se não me engano, era o último episódio. Que gracinha essa série... Divertida, fofa e com cada pérola..! A Globo se superou no quesito descontração. 

No fim da série, a Aline disse a seguinte frase: "Amar não é fácil. Não vem com bula de instrução e o prazo de validade pode acabar a qualquer momento. Amar é insano, mas existe coisa melhor?!". Nem preciso dizer que essa frase disparou milhares de coisas dentro da minha cabeça e me lembrou de umas coisas recentes que eu andei passando no meu namoro e eu percebi que realmente: AMAR É TOTALMENTE INSANO. Posso dizer que esse namoro mudou minha visão de uma forma ampla. Algumas pessoas me disseram: "Nossa, mas seu namorado é tão novinho, nem dá pra aprender nada com ele...". Posso dizer que não há maior imbecilidade pra se dizer do que isso. Eu, ao longo do tempo me tornei alguém cheia de pré-disposições, regras inquebráveis sobre os homens, pré-requisitos pré-estabelecidos e indestrutíveis. Homens não prestavam, não pensavam, não tinham coração e acima de tudo: não mereciam o meu amor. Eu estava disposta a magoar, não ligar, não chorar e não amar nenhum deles. E do nada, no meio desse mar de desconfiança surge uma criaturinha de 15 anos, um poço de gentileza, um amor, uma atenção só; e joga no lixo todas as minha pré-disposições. Obviamente tivemos problemas, como todas as pessoas no mundo têm, mas nada que pudesse a perder tudo que me fez recusar aos meus preconceitos contra os homens. Passei por cima de muita coisa por esse namoro, coisas que não vêm ao caso falar, mas que pessoas que me conhecem de tempos jamais acreditariam que eu faria. A pessoa mais cabeça-dura, orgulhosa e turrona está, aos poucos, largando cada preconceito idiota formado sobre as pessoas. Não há nada mais imprevisível que pessoas e situações... Eu mesma não diria que alguém como eu abriria mão de tantas coisas por um namoro com uma pessoa tão improvável. E posso dizer que tem sido ótimo esse exercício de desapego. De desapegar de velhas experiências, de parar de comparar as pessoas, de parar de recordar experiências ruins. Simplesmente desapegar de um passado amoroso que não foi tão bom assim. Não quero apagar as pessoas, nem as lembranças mas confesso nunca vivi nada parecido com isso que tô vivendo agora. Tem sido bom também conhecer uma Morena que eu não conhecia... Não tô preocupada se vai durar uma vida, ou um dia. Só sei que depois disso, não vou ser mais a mesma pessoa e intimamente torço para que não haja esse depois. E como diria Aline, amar realmente é insano!


Grande beijo ;*



"A gente se dá conta tarde de que a felicidade é fácil, não?"

Caio F.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A vida e o amor ao lado das melhores - e piores - pessoas do mundo.

Não me satisfiz em ver duas vezes "Marley and Me" e ao passar por uma promoção numa loja de departamentos, o livro sorriu pra mim e eu pra ele. Obviamente, no meu vício, acabei trazendo-o para casa e após alguns breves dias, estou eu no último capítulo; e sem a menor coragem de continuar porque sei que vou chorar dez vezes mais do que quando vi o filme. Esse filme despertou em mim coisas boas e coisas nem tão boas. Ao mesmo tempo que tive vontade de correr pra casa para abraçar meus gatos, percebi como o tempo é frágil quando falamos das pessoas - e dos animais - que amamos. Chorei de rir, chorei de ver o Marley velho, mas chorei mais ainda quando percebi que, apesar de não aceitarmos, todo mundo envelhece. Percebi que talvez essa única chance que nos é dada de passar pelo que chamamos de vida seja um tanto curta e que o tempo passe diferente para as diferentes fases que vivemos. Me lembro que aos cinco ou seis anos de idade os dias eram loooongos, os meses também e de um aniversário ao outro parecia um milênio inteiro. O natal parecia ano bissexto... Como demorava aquele Papai Noel! 
Hoje me pego aos 18 e alguns meses percebendo que foi ontem que anunciaram o Pan no Rio e eu pensei: "Nossa, quando chegar lá eu vou estar velha... Vou acompanhar tudo de perto!". O Pan passou, eu não fui a nenhum jogo, mal assisti pela TV. Me desespera ver como eu passei da porta do forno (quando só via os botões do fogão) à mão que faz minha própria comida. Como foi curto esse tempo... Detesto ser utópica e me pegar sentindo saudade de coisas que enquanto as vivi, nem ligava. Mas não posso deixar de sentir um gostinho de saudade ao lembrar das poucas fases que vivi até hoje. Me parecia muito distante o dia em que entraria pra faculdade, arranjaria um emprego ou dirigiria um carro. E, felizmente - ou infelizmente -, esse dia chegou muuuuito mais rápido do que eu poderia prever.
Vejo as responsabilidades se acumulando e percebo lendo "Marley and Me" como passamos de pessoas irresponsáveis à donos da própria vida, sem nem mesmo sentir essas mudanças. Ainda não cheguei no estágio "dona da minha vida" e confesso não ter a menor pressa de chegar lá. Ando curtindo muito meu restante de vida como filha.... 
Marley também me deixou com uma "pulguinha" para pensar. Existem pessoas que passam tanto tempo junto de nós, nos esperando, dedicando-se à nossa formação, acarinhando-nos que passamos a não mais percebê-las por perto. Talvez John (o dono do Marley) tenha sabido aproveitar bem o seu tempo ao lado do pior cão do mundo, mas talvez nós (digo isso sem me retirar porque sei do que falo) não tenhamos percebido como um carinho pequeno faz diferença nos dias comuns. Pessoas que sempre estiveram junto conosco - mesmo que não tão de perto - em todas as situações como Marley esteve com sua família tenham tido, ao longo de nossas vidas, menos valor do que mereciam. Sem dúvidas, essas pessoas são as poucas que ficarão até o fim, e aceitemos ou não, ele nem está tão longe assim....



Dedico este texto à melhor amiga que alguém já pôde ter: Ingrid.


Ao infinito e além, Di. 
Te amo.


Grande beijo ;*

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A escolha sem volta.

No início, acho que tive a intenção de escrever todos os dias. Obviamente que depois de alguns dias, percebi que meu tempo não anda tão desocupado assim...
Nesses dias sem postar pensei tanta coisa útil, tanta coisa idiota, tanta coisa "postável"... Mas, como não tenho nenhum sinal vivo da existência da minha memória, acabei esquecendo tudo e quando sentei pra escrever me senti como na quarta série, ao sentar em frente à prova e ver tudo ficar branco: nada na cabeça. Minha memória sempre foi motivo de piada. Não tenho a menor noção de tempo, esqueço o pensamento no meio da frase, me pergunto onde está algo e o mesmo sempre se encontra na minha mão ou na minha cara (literalmente, como é o caso dos óculos). Enfim...
Só sei que hoje tenho muita coisa no que pensar e muito pouco sobre o que escrever. Não posso reclamar, porque ainda nem voltei pra faculdade. Quando voltar é que vou sentir o que é estar ocupada e com a cabeça cheia. Falando em faculdade, me lembrei agora de um coisa que aconteceu essa semana. Me lembrei do ditado do macaco que fala do rabo do outro sem olhar pro seu próprio. Desde que larguei o curso de Cinema, as pessoas mais inusitadas do mundo vieram me perguntar se eu não ia estudar. Pessoas que não estudaram nem estudam, que nunca pisaram numa faculdade, ou que nem tem intimidade comigo o suficiente para querer impor ao algum tipo de moral ou cobrança. Já ouvi absurdos como: "Você largou seu curso pra fazer faculdade de teatro?! Atriz não é profissão...". E colocando mais uma vez minha memória na berlinda, não me lembro nunca de ter perguntado a opinião de gente que não me conhece sobre o caminho profissional que eu desejo seguir. Acho muito doido quando uma pessoa não concorda com uma escolha de outra pessoa sobre a própria vida e não se cansa de criticar. Não me lembro também de ter ido bater na porta de ninguém dizer que o que a pessoa escolheu como profissão não servia, afinal cada um decide sobre si mesmo, não?! Outro absurdo que eu ouvi foi: "Você só quer ser atriz pra ser famosa e aparecer na televisão.". E desde quando, hoje, aqui no Brasil, as pessoas precisam fazer faculdade de Teatro pra aparecer na televisão. Qualquer pessoa imbecil que conte piada ou mostre a bunda pode aparecer na TV sem muito esforço. E me surpreende que alguém entenda que ator é ator porque gosta de ser famoso. Eu tenho a certeza de que atuar não foi exatamente uma escolha racional minha. Fugi do teatro pra fazer cinema e no primeiro período percebi que amava cinema e amava mais ainda o teatro.
Tem certas coisas na vida que a gente não sabe muito bem porque escolhe, nem como escolhe. Só sei que alguma coisa em mim me empurrou pra isso, num caminho sem volta e hoje não consigo me ver num futuro próximo trabalhando com algo que não seja teatro, cinema, etc. Me lembro de quando era pequena dizer pra minha mãe que queria ser qualquer coisa, menos atriz. Como eu me enganei nesse tempo todo... E sempre fui boa atriz, porque minha mãe acreditou até os 17 pra 18 anos que eu realmente não seria atriz. Quem diria que alguém que queria ser veterinária e cuidar de cavalos pra sempre, se embrenharia pelo teatro sem conseguir mais sair. E se, ainda pequena, alguém me perguntasse se eu queria seguir os passos da minha mãe (essa sempre foi uma pergunta odiada por mim), eu dizia quase que entre dentes: "NÃO!" e inventava uma série de motivos mirabolantes pra ser qualquer outra coisa...

Quanta ironia, não?


Grande beijo  ;*



"Bom é não saber o quanto a vida dura
Ou se estarei aqui na primavera futura
Posso brincar de eternidade agora
Sem culpa nenhuma."

Zélia Duncan e Mart'nália - Benditas




Ao som de: Volcano - Damien Rice.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

O início disso tudo.

Já tive blogs, orkuts, facebook, twitter e todo tipo de meio de comunicação possível. E apesar de ter tido apego por todos esses perfis durante algum tempo, todos eles me enjoaram hora ou outra. Sempre tem algo que me incomoda nas redes sociais e ainda não descobri o que é. Não sei se a possibilidade de invasão de privacidade (por vezes aceita e até incentivada por mim) ou se pela exposição das vidas das pessoas aguçando um instinto que venho controlando faz tempo: a curiosidade. E mais uma arma contra a minha curiosidade foi excluir o orkut: a maior forma de ser fofoqueiro e de se deixar ser fofocado do mundo. Fofocar me incomoda mil vezes mais do que ser fofocada. Detesto me pegar vigiando a vida dos outros como se fosse um hábito salutar e corriqueiro. Coisa mais chata isso... Com tantas opções de passatempo, eu sempre acabava na porcaria do orkut fuxicando a vida alheia. Podendo ler um livro (dos muitos que eu comecei e não terminei), escrever algo útil, aprender a tocar o bendito violão que o Daniel tem tentado me ensinar, ver um programa ou um filme legal... Mesmo com tanta coisa boa pra fazer eu continuava a alimentar esse hábito insuportável. 
Então hoje cortei isso, e pra suprir um pouco dessa falta do que fazer resolvi criar esse blog. Além de desestimular a minha curiosidade, pretendo incentivar um outro hábito esquecido por mim que é a escrita. Por algum motivo que eu desconheço faz exatamente um ano que escrevi meu último texto útil (tirando faculdade e esses textos obrigatórios e acadêmicos). Mesmo não precisando dar explicações, preferi escrever tudo num post só porque já tem dezenas de pessoas me perguntando o porquê da exclusão do orkut. Estou matando dois coelhos: começando o blog e dando meus motivos para o falecimento do orkut. rs

Então sejam bem-vindos ao meu mais novo blog!

Perdoem os erros, ando meio enferrujada...

Aproveitem como lhes convier. 

Grande beijo  ;*


"O coração da gente fica mais quentinho e a gente gosta mais das pessoas. A coisa que uma pessoa mais precisa na vida é gostar das outras pessoas e ser gostada, também." 
 Caio F.





Ao som de: Setting Forth - Eddie Vedder