terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Pouco tempo, muita informação.

Tanto tempo sem postar trás um monte de assunto, um turbilhão de ideias e o famoso branco na hora de escrever. Mas já descobri que eu funciono da seguinte forma: basta sentar e resolver escrever que aos poucos a confusão vai se arrumando, entrando nos eixos. 
Nesse tempinho eu viajei pro lugar dos meus sonhos, perdi meu namorado, chorei uma noite toda, bebi de amargura, fui visitar parentes distantes, reencontrei amigos perdidos, adotei um cão de rua, conheci gente que passou muito rápido pela minha vida, recuperei meu namoro, gastei meu dinheiro com besteira, tirei foto pra minha primeira habilitação, li um livro que mudou minha vida, voltei a acreditar em Deus e decidi fazer dreads. Não sei se só a minha vida muda de uma hora pra outra, ou se com todo mundo é assim... Só sei que esse tempo sem aparecer por aqui me fez perceber uma coisa bastante importante: quantas zilhões de possibilidades se abrem por segundo em nossas vidas. Não sei exatamente em que momento percebi isso, se foi gradual ou de uma vez, sei que - além de perceber a fragilidade dos caminhos - aprendi a dar mais valor às escolhas que eu antes fazia sem perceber. Tem gente que se afasta de mim por um tempinho e quando me reencontra me pergunta se eu tenho novidades, minha resposta é sempre a mesma: "Mesmo que eu quisesse, não saberia te contar tudo de novo que aconteceu comigo.". E realmente não saberia. 

Dividindo todo esse tempo em partes..:

A viagem: 
Fui para Recife encontrar minha mãe e seu noivo e de lá fomos para Fernando de Noronha (sonho antigo meu e dela...). O voo foi ótimo, pessoas gentis, um sol lindo, comida boa, lugar indescritível, sem mosquitos (isso mesmo que você entendeu: sem mosquitos), nada tão caro quanto eu imaginei, mergulho incrível, pôr-do-sol lindo, forró no barzinho legal... enfim, uma viagem totalmente perfeita!

O cão de rua:
Nesse tempo em Recife esperando a ida para Noronha, fui comer um sanduíche numa barraquinha de rua e quando menos esperei avistei uma vira-lata comendo restos de sanduíche. Era a coisa mais fofa do mundo! No mesmo minuto, obviamente, corri atrás dela e peguei no colo. Ela me lambeu muito, foi amor à primeira vista. Levei ao médico, vacinei e quando pisquei estava ela quietinha dentro da sua gaiola viajando comigo para nossa casa aqui no Rio. E cá está Maggie (eu dei o nome, Daniel - o namorado - escolheu a escrita), toda serelepe, perturbando os pobres gatos velhos residentes da casa. Não dá sossego aos chinelos, nem aos panos de chão da casa. Uma figurinha cheia de personalidade e dentinhos afiados...

O namoro: 
Tal como todos os namoros, o meu também teve seus percalços. Estresses, umas brigas... Aparamos as arestas e tudo voltou como dantes no reino de Abrantes (com os problemas resolvidos, obviamente). Para os mais preocupados com minha saúde sentimental, fiquem tranquilos, continuo muito, muito, muito feliz com meu namorado... ;)

O livro:
Ouvi um bom tempo diversas pessoas lendo e falando d' "A cabana", que eu presumi que fosse mais um livrinho-porre (tipo "O Segredo") de auto-ajuda. "Eca!" pensei eu logo de cara... Ao longo do tempo as pessoas mais surpreendentes apareceram lendo e elogiando o livro. Depois de lutar contra meu feeling preconceituoso contra auto-ajuda, à caminho de Recife, no aeroporto de Salvador, me rendi e comprei o livro. O primeiro capítulo me pareceu estranho, porém interessante e depois dele simplesmente não consegui parar de ler por um segundo sequer. Encontrei nesse livro todas as respostas para minhas perguntas íntimas e infantis sobre Deus, ou até coisas pertinentes e óbvias. Aquele livro falou muito comigo, direta e pessoalmente como nenhum outro. Recomendo esse livro pra quem não tem medo de mudanças. 

Os dreads: 
Quando estiverem prontos, explico melhor o porquê dessa decisão... Apesar de ainda não saber se esse porquê existe.




Quanta coisa pra uma vida só, não?!



Grande beijo ;*


"Tenho dias lindos, mesmo quietinhos."
Caio F.


Ao som de:  Mrs. Cold - Kings of Convenience


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