Da cortina bege comprida, do monte de bibelôs e bonequinhos que eu, na minha ânsia de criança, queria tanto mexer.
Saudade da lua que menstrua.
Do recital-castelinho-mal-assombrado aos 6 anos
Saudade da capa descascada do meu livro de Elisa,
dos olhos verdes, da voz rouca e linda que me disse pela primeira vez como é que é que é que é a poesia - que eu não compreendia.
E pra quem disser que a minha voz é rouca, digo:
"Minha voz é rouca, firme e preta, feito minha poesia: cheia de Elisa."
Ai que saudade desse cheiro.
Meio limão, meio ervas de banho, meio perfume francês.
Minha cabeça batia na altura da mesinha
Elisa Lucinda: minha poetisa constituinte.
Só de Sacanagem - Elisa Lucinda
estas linda por demais! sua essência é magnânima.
ResponderExcluir