domingo, 24 de outubro de 2010

O (Des)assossego




Eu sou do desacerto, do desassossego.
Sossegada, aquieto o facho
E aquietada nada me esquenta.
A minha inquietude que é que me é rica
Que me dá conflito, que diz dói e que dá poesia.
Eu, quietinha, não faço nada
Sou feito lagarta encasulada
Não sirvo nem pra borboleta, nem pra lagarta
E quem quiser me assossegar que não se esqueça:
Nasci pra viver perturbada.
Que eu calada, quieta, curvada, não sirvo pra nada.
Sou passarinho de asa quebrada,
Sem vôo, morro.
Sou moça (doente).

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